Mato Grosso tem quase metade da população adulta inadimplente, aponta CDL Cuiabá

Em média, cada consumidor inadimplente possui 2,26 dívidas em aberto, totalizando 2,67 milhões de débitos em todo o estado.


Por Rota Araguaia em 13/05/2025 às 09:19 hs

Mato Grosso tem quase metade da população adulta inadimplente, aponta CDL Cuiabá
Reprodução

Redação

Apesar de uma leve queda de 0,04% na inadimplência em abril, o número de consumidores negativados em Mato Grosso ainda preocupa. De acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), analisados pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL Cuiabá), 1,2 milhão de pessoas seguem com o nome restrito no estado — o equivalente a 46,93% da população adulta.

No acumulado de 12 meses, a inadimplência teve alta de 2,98%. Embora o crescimento esteja abaixo da média nacional (+4,59%) e da região Centro-Oeste (+7,30%), o cenário ainda reflete uma tendência de endividamento entre os mato-grossenses.

O tempo médio para quitação das dívidas é de 2,2 anos, e 38,60% dos inadimplentes estão nessa condição há mais de um ano. O valor total das dívidas chega a R$ 6,4 bilhões, o que representa uma média de R$ 5.270,33 por consumidor negativado.

A faixa etária mais atingida é a de 30 a 39 anos, que concentra 26,78% das dívidas. A idade média dos inadimplentes é de 43,5 anos. Quanto ao perfil por gênero, os homens são maioria, com 53,59% dos registros, enquanto as mulheres representam 46,41%.

Atualmente, cada inadimplente tem, em média, 2,26 dívidas ativas, somando mais de 2,67 milhões de débitos em aberto em todo o estado.

Entre os setores credores, os bancos lideram com 51,50% do total das dívidas, apresentando um crescimento de 8,28% em relação a abril de 2024. O comércio aparece em segundo lugar, com 24,15%, embora tenha registrado uma queda de 7,58% na comparação anual. Em seguida vêm as contas de água e luz (11,25%) e o setor de comunicação (4,22%).

 

A CDL Cuiabá alerta para a necessidade de educação financeira e planejamento como estratégias para reverter o quadro. A entidade também reforça a importância de negociações com credores e do uso consciente do crédito para evitar o agravamento do endividamento.



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