Os trajetos e horários de linhas de ônibus do transporte coletivo em Barra do Garças (a 509 km de Cuiabá) poderão sofrer alterações nos próximos dias, conforme um ofício enviado pela empresa Delta Express (Garças Tur) à Câmara de Vereadores, na segunda-feira (2).
No documento, a empresa informou que remanejará itinerários e horários com possíveis reduções, além do uso opcional do terminal de integração com o objetivo de “resguardar a continuidade dos serviços e manutenção de empregos”. Atualmente, a tarifa do transporte coletivo no município custa R$ 4,75 e o usuário pode utilizar outra linha de ônibus sem pagar pela segunda passagem desde que a integração ocorra dentro do terminal rodoviário da empresa.
Ainda conforme o ofício assinado pelo diretor da Delta Express, Paulo Augusto de Souza, as mudanças levam em consideração a perda de 60% dos usuários pagantes durante o período de isolamento na pandemia do coronavírus que resultou em desequilíbrio econômico financeiro, bem como os aumentos nos preços dos combustíveis e prejuízos causados pelo transporte gratuito de idosos e meia passagem concedida a estudantes. Segundo levantamento da empresa, somente no mês de abril deste ano 25 mil usuários não pagantes utilizaram os serviços de transporte.
Em março, a Justiça barrou por meio de liminar um reajuste tarifário previsto pela concessionária e determinou a continuidade do desconto na passagem de estudante e a gratuidade dos idosos após uma ação da Procuradoria Jurídica do município.
A Delta Express ainda criticou a ausência de reajuste tarifário e a demora na realização de nova licitação para o setor. Também ressaltou que não possui obrigação contratual de transportar gratuitamente idosos e oferecer meia passagem por se tratar de uma empresa de transporte coletivo alternativo.
O vereador Jairo Gehm (PRTB) considerou o ofício da concessionária preocupante. “Sabemos das dificuldades que a empresa vem enfrentando, mas, na nota diz que a empresa não tem obrigação de carregar gratuidade nem meio passe e isso não é verdade. O contrato tem que garantir aos usuários [do transporte] os direitos que estão previstos em lei”, disse.
Ao Semana7, o empresário Paulo Augusto informou que as possíveis mudanças comunicadas no ofício enviado à Câmara Municipal serão discutidas em uma reunião que ocorrerá nos próximos dias.
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